O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, se colocou à disposição para ir ao Senado. Ele deve ser ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa na próxima semana. A audiência foi anunciada pelo presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) nesta terça-feira (11). O ministro será recebido pela comissão na quarta-feira (19), às 9h.
Então, o ministro se colocou à disposição dos parlamentares por meio de ofício apresentado pelo líder do governo, senador Fernando Bezerra (MDB-PE). O intuito do ministro é explicar o teor das mensagens entre ele e os procuradores da Lava Jato publicadas na internet.
“Fui informado pelo ministro Sergio Moro, de sua disponibilidade para prestar os esclarecimentos à Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal sobre notícias amplamente veiculadas na imprensa relacionadas à Operação Lava Jato”, afirmou o líder no Senado.
Na ocasião, Bezerra reafirmou a confiança do governo federal no ministro da Justiça. “Manifestamos a nossa confiança no ministro Sergio Moro. Estamos certos de que esta será uma oportunidade para que ele demonstre a sua lisura e correção, refutando as críticas e ilações a respeito da sua conduta à frente da Operação Lava Jato.”
Críticas
De acordo com o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), a ida de Sergio Moro ao Senado sem ter sido convidado ou convocado não é adequada. Por conta disso, o parlamentar pediu que Alcolumbre negociasse com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a participação de Moro em audiência também na CCJ da Câmara.
“Não foi aprovado o convite, uma convocação. Simplesmente, o ministro está se oferecendo para ir em uma das Casas. Não seria mais adequado, antes de deferir esse pedido, consultar o presidente da Câmara, os líderes, sobre a conveniência? Sobre além de fazer uma audiência no Senado, fazer também na Câmara dos Deputados?”, questionou.
Entretanto, o regimento da Casa permite que ministros de Estados sejam ouvidos em situações de relevância nacional. A data da audiência foi acordada com a presidente da CCJ do Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MS).