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Sergio Moro fala mais de sete horas na Câmara

O ministro Sergio Moro foi a Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 2 de julho, onde ficou mais de sete horas respondendo às perguntas dos parlamentares. A audiência atendeu pedido de três comissões da Casa: Constituição e Justiça e de Cidadania; de Trabalho, Administração e Serviço Público; e de Direitos Humanos e Minorias

O ex-juiz voltou a afirmar que não foi parcial e que as conversas com os procuradores ou mesmo outras partes do processo é uma trivialidade no mundo jurídico.

Moro afirmou também que não teme o surgimento de novas conversas. Uma vez que ele afirma estar tranquilo quanto à sua atuação. Mas também porque não tem certeza se as mensagens vêm sofrendo adulteração.

Em sua defesa, Sergio Moro afirmou que suas decisões já foram avaliadas por instâncias superiores. Com efeito, a maioria (39%) de suas decisões foram mantidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) ou mesmo tornadas mais rígidas (25%). Mais do que isso, o ministro afirmou que a Lava Jato mudou a maneira como se combate a corrupção no país.

 

Oposição

Os deputados de oposição citaram que as supostas falar do ministro, recebidas e publicadas pelo site Intercept, burlam algumas regras. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que constatou nos diálogos violação da Constituição, do Código de Processo Penal e do Código de Ética da Magistratura.

Já Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou que Moro não deveria citar as vitórias da Lava Jato como defesa pessoal. Segundo Freixo, essa atitude cria a cultura de que os fins justificam os meios. Os deputados da oposição, no entanto, não condenam o dato de as conversas tenham sido interceptadas de maneira criminosa. Até mesmo divulgadas com erros de “edição”.

Questionado se processaria o site que divulgou as supostas conversas, Sergio Moro disse que não, em nome da liberdade de imprensa. “Acho que havia interesse de pedido de busca e apreensão para que a pessoa pudesse posar como ‘mártir da imprensa. São um balão vazio no meio de nada. Um escândalo fake afundando”, disse o ministro.

A sessão terminou com uma confusão entre deputados de oposição e situação. Glauber Braga (PSOL-RJ) acusou Moro de ser o juiz mais corrupto da história. A afirmação irritou os parlamentares do PSL. “Absolutamente despreparado”, disse Moro, sobre o parlamentar, antes de se retirar da audiência.

 

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