Evitar que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atue como se fosse Polícia Militar na região da capital paulista chamada “cracolândia” é o objetivo de uma ação ajuizada nesta segunda-feira (31/5) pela Promotoria dos Direitos Humanos.
Na petição inicial, os membros do MPSP Eduardo Valerio, Arthur Pinto Filho e Anna Trotta Yaryd fazem um histórico de atuações excessivas perpetradas pela GCM na região, em situações caracterizadas pelo desvio de função e abuso de poder. As apurações acontecem desde 2017 no âmbito da Promotoria, que já ouviu integrantes e dirigentes da GCM e fez várias tentativas de solução extrajudicial, por meio de reuniões voltadas à modificação da atuação da corporação.
Segundo os promotores, a pretexto de combater os traficantes de drogas, as forças de segurança atacam os usuários, “que sofrem, em consequência, a violência do traficante, a violência das ‘polícias’ e as fraquezas próprias e pessoais, derivadas de sua dependência química e de sua exclusão social”. Ainda de acordo com os membros do Ministério Público, a região da “cracolândia” precisa de políticas públicas de cuidado com pessoas em situação de extrema vulnerabilidade.