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Polícia Federal deflagra Operação Arca da Aliança

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 14 de fevereiro, a Operação Arca da Aliança. A operação  investiga os crimes em operações de instituições financeiras não autorizadas pelo Banco Central, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Foi deferido o bloqueio judicial de aproximadamente R$ 20.000.000,00 nas contas das empresas investigadas.
A pretexto de oferecer os serviços de concessão de empréstimos para pessoa física, crédito consignado, portabilidade de crédito e consultoria financeira, pelo menos duas empresas desenvolvem a atividade de captação de recursos de terceiros, mediante promessa de aplicação desse valor no mercado financeiro e devolução acrescida de rentabilidade atrativa.
Os clientes são, em regra, servidores públicos federais, civis e militares, preferencialmente com margem consignável elevada.

 

Consignados


Para viabilizar os investimentos oferecidos, os investigados efetuam a contratação de empréstimos consignados e, para tanto, utilizam indevidamente as credenciais fornecidas por instituições financeiras aos seus correspondentes bancários.
De acordo com a investigação, uma das empresas desenvolve suas atividades desde 2018 em São Paulo. Com sede no Rio de Janeiro, a empresa já captou recursos de pessoas físicas no valor total de R$ 20.203.610,46.
Já a outra empresa entrou em atividade em agosto de 2019 e, em menos de dois meses de funcionamento, captou R$ 2.133.454,42 de pessoas físicas.
No curso da investigação apurou-se que as duas empresas de São Paulo são controladas por uma sociedade limitada no Rio de Janeiro.

A empresa cria diversas pequenas empresas individuais de responsabilidade limitada, em nome de  pessoas interpostas. São, geralmente, consultores de vendas, supervisores ou gerentes que se destacaram na “venda” dos “produtos”.
De acordo com a PF, o modelo de negócio praticado foi concebido pelo administrador da empresa controladora sediada no Rio de Janeiro. O esquema envolveu a criação de inúmeras promotoras de vendas de empréstimos consignados, inicialmente em nome de parentes e, posteriormente, em nome de laranjas ou consultores de venda que se destacaram na atividade.
A investigação segue em segredo de justiça.

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