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Pesquisadores vão monitorar segurança pública em cinco estados

Pesquisadores de cinco estados formaram uma rede para monitorar os dados sobre segurança pública. Os estados que serão monitorados são Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Pernambuco e Bahia. O monitoramento começa em 1º de junho.

A Rede de Observatórios da Segurança.Pesquisadores fará o monitoramento de dados oficiais divulgados pelos órgãos de segurança pública de cada estado e de 16 indicadores elaborados pelos pesquisadores dos núcleos de pesquisa atuantes em cada uma das regiões.

O trabalho será coordenado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes. Além dela, irão colaborar a Iniciativa Negra, da Bahia; o Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC); o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares de Pernambuco e o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP).

A pesquisadora Silvia Ramos, do Cesec, será a coordenadora da rede. De acordo com ela, a proposta é ir além dos dados oficiais e entender os processos que os produzem.

“Vamos monitorar violência, segurança pública e criminalidade diariamente, focalizando em temas novos, como crianças e adolescentes, população LGBT, violência contra a mulher, linchamentos, chacinas. Queremos analisar não só os números, mas também entender dinâmicas. E o observatório é uma forma de fazer isso apoiado em redes locais”, explicou.

 

Indicadores

Os 16 indicadores produzidos pela rede vão indicar a situação dos cinco estados em relação a feminicídio e violência contra mulher; racismo e injúria racial; violência contra a população LGBTQ+; intolerância religiosa; violência contra crianças e adolescentes; linchamentos; violência armada; ações e ataques de grupos criminais; manifestação, greve e protesto; violências, abusos e excessos por parte de agentes do Estado; policiamento; violência contra agentes do Estado; corrupção policial; chacinas; sistema penitenciário e sistema socioeducativo.

Além dos dados oficiais disponibilizados, os pesquisadores vão consultar organizações da sociedade civil e à imprensa, como também a Lei de Acesso à Informação.

Coordenador do Laboratório de Estudos da Violência (LAV/UFC), César Barreira disse que pesquisadores da área de segurança pública sofrem com a falta de disponibilidade de dados. De acordo com ele, os boletins de ocorrência poderiam fornecer mais informações importantes para pesquisas.

“Essa rede vai fortalecer [ações na érea de segurança] no sentido de termos mais dados para as análises de políticas públicas, e também para podermos ter uma metodologia mais comum no Brasil”, acrescentou.

A Rede conta com o apoio das fundações Ford e Open Society, entre outros.

 

*com informações da Agência Brasil

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