Operação Resguardo de combate a crimes de violência contra a mulher prende mais de 9,1 mil pessoas

Mais de 9 mil pessoas já foram presas no Brasil durante a Operação Resguardo, a maior já realizada no combate a crimes de violência contra a mulher nos 26 Estados e no Distrito Federal. A operação, encerrada nesta segunda-feira (8) – Dia Internacional da Mulher, foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi).

A operação começou no dia 01 de janeiro deste ano e até as 12h desta segunda-feira (8), mais de 46 mil denúncias foram apuradas nos diversos canais, sejam municipais, estaduais e federais. Além disso, foram registrados mais de 9,1 mil presos, decorrentes de flagrantes e mandados de prisão expedidos pela Justiça; cumpridos cerca de 56 mil medidas protetivas, com mais de 168 mil vítimas atendidas, 1.226 armas apreendidas e cerca de 70 mil visitas e de diligências realizadas pelas polícias civis.

“Os números são bastante expressivos. Houve uma adesão em massa das polícias civis de todos os Estados e do Distrito Federal, configurando com isso a maior ação integrada de combate a crimes de violência contra a mulher no país. Alguns Estados colocaram mais de 100 unidades policiais à disposição atuando e mais de 3 mil policiais, por exemplo”, informou o coordenador-geral de Planejamento Operacional da Seopi, Fernando Oliveira

Para o secretário de Operações Integradas do MJSP, Jeferson Lisbôa, o trabalho das equipes envolvidas é fundamental para reforçar o sucesso da operação. “Uma força extraordinária, que demonstra a importância que esse caso específico apresenta, com números surpreendentes, e que mostra a carência anteriormente existente e que nós não vamos deixar voltar a ocorrer. Essa se tornará operação de rotina, não só hoje, aproveitando uma data comemorativa, mas nós queremos transformar ações de violência contra a mulher em ações rotineiras”, afirmou.

Representando o ministro André Mendonça na coletiva, o chefe de gabinete do MJSP, Rodrigo Hauer, destacou que essa é mais uma medida de fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que prevê uma atuação conjunta, coordenada, integrada e sistêmica entre os governos federal e estaduais.

“Essa é uma operação que tem adesão em âmbito nacional, desenvolvida de forma conjunta. O ministro [da Justiça e Segurança Pública] André Mendonça tem reforçado a ideia de fortalecimento do SUSP, e isso passa por integrar as polícias de todos os Estados. Por isso, a Operação Resguardo traz números expressivos que demonstram como o Ministério da Justiça e Segurança Pública quer trabalhar de forma integrada no combate à criminalidade no país. Destaco aqui o apoio das Unidades da Federação e do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos no combate à violência contra mulher”, afirmou.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também esteve presente no evento e afirmou que a operação é um marco para o combate à violência contra as mulheres. “Posso afirmar que este é um governo que tem tido um olhar diferente para a proteção da mulher. Além disso, quero agradecer lá na ponta, todos os policiais que estão envolvidos neste momento, e que desde o dia 1º de janeiro estão nas ruas protegendo as mulheres”, destacou a ministra.

Cristiano Barbosa Sampaio, presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública, também falou da importância da integração e do trabalho conjunto entre as forças de segurança pública e a União. “Este tipo de trabalho deve ser feito de maneira consciente, permanente e que se alastre por todo o território nacional. As Secretarias de Segurança Pública estão mais próximas e, com alegria, vemos essa integração se concretizar.  É liderando as grandes pautas nacionais, liderando os grandes movimentos, liderando grandes operações que o Brasil precisa trabalhar de maneira uniforme. As polícias de todo o país precisam trabalhar para o mesmo resultado e o Ministério da Justiça e Segurança Pública tem feito isso”, disse.

Operação Resguardo

A Operação Resguardo teve início com a apuração de denúncias, análise de procedência dessas denúncias, instauração de inquéritos policiais, levantamento de mandados de prisão e cumprimento de mandados judiciais pelas polícias civis, principalmente pelas delegacias especializadas no atendimento à mulher.

Ao todo, mais de 16 mil policiais civis atuam, de forma conjunta, na busca de suspeitos de ameaças, tentativas de feminicídio, lesão corporal, descumprimentos de medidas protetivas, estupro, importunação, entre outros crimes.

Compartilhar:

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *