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Ministro Sergio Moro defende uso de forças-tarefas e integração para combater principais crimes

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ministrou palestra-aula nesta quinta-feira, 23, na capital pernambucana. Na ocasião, defendeu o uso de forças-tarefas e integração de forças para combater os principais crimes. A palestra foi proferida para os 32 delegados e investigadores que participam do Programa de Fortalecimento das Polícias Judiciárias (PFPJ), iniciativa da Diretoria de Ensino e Estatística (DEE), da Senasp/MJSP. O diálogo foi pautado no tema: “Combate ao Crime Organizado e Corrupção Sistêmica”.

Aliás, ele dividiu com os participantes a sua experiência como juiz em investigações nos diversos casos de corrupção, principalmente na operação “Lava Jato”. Primordialmente, indicou alguns pontos que podem contribuir para o trabalho das polícias judiciárias. A saber: métodos modernos de investigação, bom trabalho de inteligência e a implantação de forças-tarefas quando necessário. Além disso, falou da integração e a importância de se buscar combater todos os tipos de crimes.

“Sei que aqui o foco é mais a questão da corrupção. Mas, dentro do Ministério, nós temos o foco em corrupção, crime organizado e criminalidade violenta. Acho que os três problemas estão relacionados, caminham juntos, e nós temos que enfrentá-los “, defendeu Moro.

Driblar escassez

O ministro atribui os bons resultados que teve em suas operações ao trabalho de integração. “Foi um trabalho que envolveu diversos atores e personagens, como polícias e órgãos, culminando na descoberta de um grande sistema de corrupção. Depois da Operação Lava Jato, na minha avaliação, houve uma certa mudança em relação ao passado. A regra era que quem praticava esse tipo se crime no Brasil ficava impune”, explicou.

O uso de forças-tarefa e integração das forças seriam, de acordo com o ministro, uma boa alternativa para driblar a escassez de recursos na área da segurança pública. “Se os recursos são esgotados, a estratégia de criar uma Força-Tarefa (FT), em todos os âmbitos que podem ajudar na investigação, é essencial nesses grandes casos”.

O ministro destacou ainda que, na condução dos trabalhos, é preciso ter persistência, boa percepção, além de disposição, postura de liderança e espírito de cooperação diante dos casos mais difíceis.

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Soraia Sene

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