Brasil, Coréia do Sul, Turquia e Emirados Árabes Unidos foram listados como fornecedores emergentes que podem mudar o mercado
O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) lançou nesta terça-feira (5) mais um de seus estudos “Insights on Peace and Security” (Persepções sobre Paz e Segurança). Neste, denominado “Emerging Suppliers in the Global Arms Trade” (Fornecedores Emergentes no Comércio Global de Armas), o instituto lista o Brasil, ao lado de Coréia do Sul, Turquia e Emirados Árabes Unidos como países fornecedores de armas emergentes.
O estudo explora as consequências prováveis da ascensão desses fornecedores para a segurança internacional.
De acordo com os estudiosos da Sipri, a diversificação das transferências globais de armas por meio do surgimento de novos fornecedores merece maior atenção.
A crescente diversidade de fornecedores no comércio global de armas por meio do aumento de novos exportadores significa que o mercado de armas tem se tornado cada vez mais um mercado comprador. Isso pode levar os fornecedores a serem menos restritivos em suas vendas de armas, a fim de aumentar suas chances de ganhar negócios de exportação. Isso pode ser visto em parte no aumento das transferências de tecnologia, que por sua vez contribui ainda mais para a diversificação de fornecedores.
Conforme mostra o estudo, embora os volumes de armas exportados por fornecedores emergentes sejam inferiores aos dos exportadores estabelecidos, eles podem ter um impacto direto em regiões de instabilidade.
O artigo levanta ainda outras questões cujas respostas permitirão um melhor entendimento das transferências globais de armas, tais como às transferências de tecnologia e seu controle; controle de exportação segundo normas internacionais; confiabilidade dos exportadores, entre outros aspectos.
O artigo sugere que estes países participem de tratados multilaterais de controle de armas para compartilhamento de informações entre as partes entre outras regras e o fomento de discussões sobre o tema com a sociedade civil como meio para lidar com os riscos que surgem da diversificação dos exportadores de armas.
O estudo completo pode ser lido aqui.
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