Paulo César Dutra Gabrir, de 33 anos, suspeito de financiar o ataque a bancos em Araçatuba (SP), foi solto na tarde de hoje (9), após pouco mais de um dia preso por suposta associação criminosa. O homem, que segundo investigações da Polícia Civil forneceu R$ 600 mil para a ação, ostentava um alto padrão de vida e veículos de luxo em um imóvel no Parque São Bento, em Sorocaba, onde foi preso. No endereço foram encontrados uma picape Amarok e um BMW, além de documentos que comprovariam sua participação no plano colocado em prática na semana passada.
Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo justificou que o juízo do Plantão de Sorocaba entendeu que não havia indícios que vinculassem os suspeitos ao caso de Araçatuba, já que não houve apreensão de nenhum instrumento ou produto do crime, como armas, explosivos e dinheiro. Os agentes teriam chegado ao suspeito de financiamento apenas por causa de uma denúncia anônima.
A prisão
A Polícia Civil prendeu Gabrir na manhã desta terça-feira (07), no município de Sorocaba. Outros dois suspeitos foram detidos durante a ação.
As atividades foram realizadas por policiais da 1ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Crimes Contra o Patrimônio (Disccpat), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que receberam informações sobre um homem que mantinha um padrão alto de consumo, ostentava veículos de luxo e poderia estar envolvido na invasão à Araçatuba.
As indicações levaram até um imóvel no Parque São Bento, em Sorocaba. No endereço, as equipes avistaram uma picape VW/Amarok e conseguiram localizar o suspeito alvo de investigação, que estava acompanhado de uma comerciante, que constava como foragida por tráfico.
Foi realizada abordagem e durante os trabalhos chegou ao local um mecânico, conduzindo uma BMW. Foi também realizada consulta e verificado que ele tinha saído recentemente de um presídio na região de Araçatuba.
Os policiais fizeram uma busca na residência e, mais precisamente no quarto, encontraram uma grande quantidade de documentos relacionados ao crime organizado que indica a presença dele em atividades em vários estados brasileiros.
Durante a ação, o primeiro abordado admitiu ter financiado a operação para roubar os bancos em Araçatuba e, inclusive, revelou informalmente que a logística da invasão àquela cidade custou R$ 600 mil. Os três foram autuados por organização criminosa.
Outros cinco suspeitos de envolvimento nos crimes já haviam sido detidos pelas polícias paulistas. Os materiais foram encaminhados à Polícia Federal, que prossegue com as investigações para esclarecimento dos fatos.