Nos seis primeiros meses deste ano, foram 21.042 mortes violentas registradas, contra 22.838 no 1º semestre de 2020
O Brasil teve uma queda de 8% nos assassinatos no 1º semestre de 2021 na comparação com o mesmo período de 2020. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. Apenas seis estados contabilizam alta nos crimes de acordo com a ferramenta criada pelo G1 que acompanha os assassinatos mês a mês.
Nos seis primeiros meses deste ano, foram 21.042 mortes violentas registradas, contra 22.838 no 1º semestre de 2020. Ou seja, 1.796 a menos. Estão contabilizadas no número as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. O Ceará teve a maior queda: -28,8%.
Ao mesmo tempo, dados da Polícia Federal mostram que 76.329 armas de fogo foram registradas no 1º semestre de 2021, uma alta de 67% em comparação ao mesmo período de 2020 e a maior taxa de crescimento em 13 anos. Em nove Estados, a quantidade de registros de armas foi mais do que o dobro em relação ao 1º semestre de 2020. São Paulo, por exemplo, registrou um aumento de 113%, e o Acre de 209%.
Para Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência-USP, o balanço da variação dos homicídios no Brasil no primeiro semestre de 2021 traz alguns motivos para comemoração e outros de preocupação.
“A queda de 8% é importante, com destaque para o estado do Ceará, que em 2020 tinha liderado o crescimento de mortes intencionais violentas. Neste semestre, foi o que mais reduziu entre as 27 unidades da federação. Houve queda em 21 estados do Brasil, enquanto seis registraram aumentos. Difícil apontar as causas no calor dos fatos, mas a força da pandemia em todo o semestre e o distanciamento social podem ter contribuído para a redução de conflitos nas ruas”, diz.
“Os motivos para o alerta vêm da região Norte. Roraima (40%) e Amazonas (36%) ficaram nos primeiros lugares entre os que mais cresceram, justamente estados onde os conflitos em áreas indígenas foram mais intensos, com suspeita de participação do crime organizado na invasão de terras.”
Já para o presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições, Salesio Nuhs, quanto maior o número de armas legalizadas nas mãos da população, menor o índice de criminalidade. “Há anos esclarecemos que a arma na mão do cidadão de bem reduz a criminalidade. Antes, os criminosos tinham a certeza de que a vítima estaria desarmada e que todas as pessoas ao redor dela também. Com as recentes adequações na legislação e o aumento dos registros de armas no país, hoje há um componente de incerteza a quem pretende cometer um crime, deixando os cidadãos de bem em uma situação de vantagem”, afirma Nuhs.
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